Pós Coreia e Venezuela, que reserva Trump ao Brasil caso Lula vença?
João Costa |
João
Costa*
Depois de ameaçar a República
Democrática da Coreia com “fogo e fúria”, Donald Trump promete esmagar a
Venezuela por ver “seu quintal” fora de controle e segue sancionando Rússia e
China. Caso Lula seja o vitorioso nas eleições de 2018, o que reserva para o
Brasil – um país sanguinário e injusto com seu próprio povo, mas dócil e
colaboracionista com o estrangeiro; especialmente a América?
Luiz Inácio Lula da Silva parece
ergue-se dos próprios escombros em que ajudou a cavar, embora seus pretensos
coveiros lancem mão de expedientes cada vez mais truculentos. Pela primeira
vez, assiste-se no País estruturas e podres do estado fazendo uso do Direito na
perseguição do inimigo; esse mesmo inimigo que no passado recente deu autonomia
indevida ao Ministério Público, fortaleceu o Judiciário, crédulo na fantasia
que premia aquilo que se considera o mérito das classes dominantes, sem
intervencionismo.
Esta Caravana do Lula que percorre o
Nordeste, e que chega esta semana à Paraíba, começa com caráter cívico e populista
de uma candidatura incerta, querido por milhões, odiado por parcela de uma
classe média que se acha branca e com capacidade de sensibilizar incontáveis
cidadãos néscios, irmanada a seguidores de credos fundamentalistas cristãos.
Se Lula e os cidadãos comuns ainda
permanecem crédulos no funcionamento normal das instituições do estado
democrático de direito, decididamente também são credores de uma saída
conciliatória para a crise que empurra o País de volta para o marco zero em
importância no conjunto das nações, quer no campo da economia, defesa,
soberania e controle de suas reservas e riquezas.
Ainda estamos distantes das eleições de
2018, se elas de fato ocorrerem, mas já é possível vislumbrar no plano
internacional um cenário de conflagração. O EUA já perdeu o Oriente Médio,
depois de destruírem o Iraque e a Líbia; fracassarem na Síria, e assistindo ao
Irão fortalecido naquela região e o distanciamento da Turquia.
Na Europa despedaçada conta com apoio da
Inglaterra, reino vocacionado para servidão da ex-colônia.
Forçosamente vão ter que conviver com
uma Coreia do Norte nuclear, do contrário, como prometem, Trump vai mergulhar aquela
península em “fogo e fúria”. Arrastando China e Rússia para o conflito, sem
mencionar o Japão e a Coreia do Sul, devastados pela guerra que se prenuncia.
Incrível como esses dois países são incapazes de frear o furor beligerante dos
Estados Unidos nos jogos de guerra.
A História ensina que os Estados Unidos
não agridem países com capacidade real de defesa, embora teoricamente já esteja
em guerra com a Rússia e a China, pelos menos comercialmente. Seus exércitos
seguem com descomunais capacidades de destruição, mas não de ocupação. Mas
antes de embainhar suas armas, despoletar suas bombas, despachar suas esquadras
os Estados Unidos precisam de unidade, coesão do seu próprio povo – e
visivelmente isso não ocorre mais.
*João Costa é
radialista, jornalista e diretor de teatro, além de estudioso de assuntos
ligados à Geopolítica. Atualmente, é repórter de Política do Paraíba.com.br
Pós Coreia e Venezuela, que reserva Trump ao Brasil caso Lula vença?
Reviewed by Clemildo Brunet
on
8/20/2017 09:55:00 AM
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