O perdão
Onaldo Queiroga |
Onaldo
Queiroga*
Muitos se postam como pessoas voltadas
para a fé, frequentam igrejas, templos e atentos escutam padres, bispos e
pastores falarem sobre os ensinamentos de Deus. O problema é que escutam,
entendem, no entanto, o difícil é exercitar esses ensinamentos.
Uma das coisas mais sublime e divina é o
perdão. Contudo, a humanidade efetivamente quase não pratica o perdão. Como diz
Emmanuel: "Mais fácil sofrer, difícil é perdoar”. Na verdade, o que se
observa é que seguindo aquele dito popular de que “quem bate esquece, mas quem
apanha nunca esquece”, então, o homem prefere, por causa até de uma cultura
tatuada em sua existência, buscar a vingança em vez de enveredar pelo perdão.
Todavia, essa conduta de vingança
termina por igualar aquele que fora ofendido ao seu agressor. É aquela história
de que a vingança nos deixa iguais ao inimigo e o perdão nos faz superior a
ele. O inesquecível Raul Seixas afirmava que “para todo pecado existe perdão”.
Olha, esse tema “perdão” é antigo,
inclusive, Sócrates há muito tempo pontificou que “só quem entende a beleza do
perdão, pode julgar seus semelhantes”. Não é a toa que somente aqueles que amam
têm o dom de compreender a imperfeição do semelhante e vivenciando a
indiferença, consegue movido sob a égide do autodomínio, paciência, serenidade
e tolerância exercitar o perdão.
A vingança, ilusoriamente, por um
pequeno momento, nos planta ardilosamente a sensação de felicidade. Mas é no
perdão que encontramos o caminho da liberdade, por isso, Gandi costumava dizer
que “o fraco jamais perdoa, o perdão é característica do forte”. Só com o
exercício da fé, do amor e do perdão poderá haver paz e felicidade no âmago da
humanidade!
*Escritor
pombalense e Juiz de Direito
onaldoqueiroga@oi.com.br
O perdão
Reviewed by Clemildo Brunet
on
2/01/2018 06:31:00 AM
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