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A luta pela liberdade

Onaldo Queiroga

Onaldo Queiroga*

Falam em liberdade, porém, esquecem que esse sublime direito deve obedecer a limites. Ela deve ser exercida, contanto, que não vá de encontro ao direito de outrem.
No norte desse conceito, Leon Tolstoi costumava afirmar que “não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma consequência”. Já Nélson Mandela que por muitos anos ficou encarcerado lutando pela liberdade de seu povo, mesmo sob as dores e solidão do cárcere, costuma dizer: “Ser pela liberdade não é apenas tirar as correntes de alguém, mas viver de forma que respeite e melhore a liberdade dos outros”.
Muitos falam de liberdade, como se esta autorizasse a prática de todo e qualquer tipo de ato. Isso não é liberdade, é egoísmo. Liberdade pressupõe leveza, não se coaduna com ações que provoquem dores aos semelhantes. Ela é prima do amor e irmã da verdade. É preciso que tenhamos cuidado resolvermos falar de liberdade. O certo é que às vezes alguém que se imagina um vivenciador e ativista da liberdade, mas não passa de um prisioneiro envolvido por grades invisíveis.
Mahatma Gandhi nos apontava que a liberdade era uma questão de consciência, ilustrando que: “A prisão não são as grades, e a liberdade não é a rua; existem homens presos na rua e livre na prisão”. É preciso separar egocentrismo e libertinagem do ideal de liberdade. Vulgarizar a liberdade é usá-la para alimentar a glória dos próprios desejos, atingindo semelhantes. Quem busca entrelaçar esses aspectos é movido por propósitos promíscuos que colocam em risco estruturas necessárias para o bom funcionamento da sociedade.
A luta pela liberdade deve ter com fim o alcançar de dias de paz, amor e fé em Deus!
*Escritor pombalense e Juiz de Direito da 5ª Vara Cível de João Pessoa - PB
onaldorqueiroga@gmail.com
A luta pela liberdade A luta pela liberdade Reviewed by Clemildo Brunet on 6/29/2018 06:31:00 AM Rating: 5

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