BOLSONARO: UM GOVERNO DIFERENTE QUE DESAFIA OS PROGNÓSTICOS

Eli Medeiros

Por Eli Medeiros

Não posso prever o que acontecerá no governo Bolsonaro. Entretanto, posso afirmar, sem medo de errar, que será um governo diferente pelo que se viu desde a eleição. Desafiando todos os prognósticos, gerando descrédito quanto ao sucesso da campanha, sem quaisquer das condições até então consideradas indispensáveis para eventual vitória, o resultado proclamado inaugurou novos conceitos no processo eleitoral, gerando transformações na política brasileira.

Pela primeira vez, no Brasil, um candidato sem tempo de televisão, sem marqueteiro, nem aparato de produção midiática, sem recursos do fundo partidário e sem a utilização da linguagem “politicamente correta”, consegue mobilizar uma nação; gerar discussões acaloradas por partidários convictos; criar ferrenhas oposições; produzir certeza para uns e inseguranças para outros; varrer da política nomes tradicionais e figuras já carimbadas no cenário nacional; desbancar do poder um partido que amarelou, renegou sua figura maior, e trocou a bandeira.

Diferente de tudo o que se conhecia para um resultado positivo na eleição, Bolsonaro conseguiu fazer o povo, habituado a vestir camisas ofertadas por candidatos, a comprar a camisa que o identificava com seu candidato, participando de eventos sob suas próprias expensas, com voluntariedade e espontaneidade. Pela primeira vez, também, um Presidente da República eleito faz a livre escolha de seus auxiliares, sem dar satisfação à classe política, assumindo o comando de todas as nomeações.

O partido fragorosamente derrotado, ainda aturdido com o funesto resultado conseguido, com o apoio da mídia que o serviu por consecutivos anos, tenta desclassificar tudo o que o novo popular Presidente diz e faz, demonstrando ódio, inveja, intriga e discriminação, transferindo esses terríveis sentimentos aos escolhidos para o novo Ministério a ser formado pelo Presidente. Os perdedores, zonzos pela derrota e cegos pela ira, não conseguem enxergar as boas novas das indicações do novo ministério.

É emblemático a indicação do Juiz Sérgio Moro para o STF, com passagem momentânea pelo Ministério da Justiça. Esse caminho a ser seguido resolve dois problemas de uma só vez: 1) anuncia o caráter democrático e de respeito à Constituição do novo governo, fazendo calar os que continuam rotulando-o de fascista e ditador, na produção continuada de fake news; 2) permite a nomeação do futuro Ministro do STF sem atropelos à ascensão normal de um juiz de primeira instância à Corte Suprema.

Alvissareira, também, a eleição do novo Governador do Rio de Janeiro. É possível que tenhamos boas surpresas, também, quanto ao resto da equipe. Porém, temos no comando do país um Presidente com liderança, determinação e vontade de reduzir o tamanho do Estado, combater a corrupção e fazer cumprir a lei. Começa bem o novo governo, demonstrando o Presidente seu desejo de acertar, exercendo seu papel com a autoridade de quem tem vida limpa e não é refém de bandidos e corruptos.

Esperanças para o povo brasileiro, cansado de hipocrisia, mentira, corrupção e enganação que marcou o país por tantos anos. As reações de alguns setores da imprensa, de alguns juristas, incluindo alguns ministros e ex-ministros do STF, não passam de choro irresignado por saberem que o Poder Executivo, por seu novo Presidente, exercerá com responsabilidade e independência o seu papel constitucional.

Chegou ao fim o agachamento, por falta de altivez moral dos que o integravam, do Poder Executivo ante o Poder Judiciário, não havendo mais lugar para o ativismo inconstitucional do STF, esvaziando-se a ditadura do judiciário. Espera-se que a renovação do Legislativo permita sua atuação como requer a Constituição, para que a interdependência dos poderes volte a refletir o regime democrático que corrupção moral havia contaminado.

Fascismo, Nazismo e Ditadura são os desesperados gritos dos perdedores que, desnorteados ainda pela surra histórica, não sabem o que dizem.

*Advogado e Presbítero membro da Igreja Presbiteriana do Renascença em São Luiz-Maranhão