Abjetas foram às palavras do Deputado Paulo Pereira da Silva
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Encerramos uma semana e, por conseguinte, o quarto mês do
ano, numa avalanche de gestos, atos e palavras que nos leva do limo ao limbo em
curto espaço de tempo. No plano internacional, não muito longe da nossa
fronteira com a Venezuela, inflada pela desordem incontrolável, os defensores
da pseudo dinastia Maduro, popularmente conhecido como subserviente da linha
comunista da Rússia, oficialmente denominada de Federação Russa, entrou em
confronto com a oposição liderada pelo Presidente autointitulado, Juan Guaidó,
Governo Provisório, desde o primeiro dia do mês em curso a violência saiu das
palavras e tomaram conta das vias de fato, protagonizando cenas de surrealismo
infame e cruel para com a população já tão combalida pela fome e a incerteza do
futuro tão próximo.
Para piorar o que já estava ruim, o novo líder da oposição na
Venezuela, em tão pouco tempo de convivência com o nosso Presidente, um dos
mais de 50 governantes apoiadores da sua causa, aplica um raciocínio temeroso,
pensa, não sei se pensa, simplesmente anuncia o apoio das Forças Armadas do seu
País aos seus liderados e partem em busca da derrubada do Governo Maduro,
amparado pelos milhares de Generais nomeados pelo próprio Ditador contumaz, sem
nenhum respaldo constitucional, ordenando a repreensão aos insurgentes,
passando até mesmo por cima das pessoas, com seus automóveis blindados e
pesados, numa verdadeira façanha dos incautos, cujas imagens abalaram os mais
incrédulos dos mortais, via internet.
Essa atitude, do líder da oposição venezuelana, liderando o
levante, sem nenhuma consistência, baseada apenas no achismo bisonho, lembra
muito as tomadas de posições conjecturadas pelo nosso Presidente Bolsonaro, sem
qualquer avaliação prévia, sem análise preliminar dos respectivos responsáveis
pelos setores competentes, mesmo porque, ele alega não ter nenhum cacoete para
Presidente da República, pelo menos devia se sujeitar aos conselhos dos que
entendem dos assuntos pertinentes. Caso Bolsonaro não venha a ter esse espírito
de humildade, aliado a ausência de intrometimento nos assuntos palacianos, do
seu filho Carlos Bolsonaro, o fato de ser filho do Presidente nunca foi
passaporte para a insensatez, os ainda apoiadores do atual governo vão ficar
desencorajados para as defesas diuturnamente feitas por esses abnegados,
tamanhas são os impropérios cometidos por pai e filho, numa verdadeira melopeia
devastadora.
Definitivamente o Senhor Presidente Bolsonaro entra numa
seara, local de seu desconhecimento, a Educação. A sanha do Presidente contra a
devassidão de alguns estudantes que congregam a classe estudantil
universitária, causando verdadeiras orgias nos ambientes reservados à
aprendizagem da nossa juventude, da opinião que deve ser combatida, mas, sem
sacrificar o sistema, impondo contingenciamento tornando proibitivo o andamento
do ano letivo, o coletivo não deve ser castigado por atos individuais e
localizado, torna-se suficiente buscar nos vídeos e as câmeras dos espaços
reservados ao convívio público, dos estudantes, e verificar os implacáveis
desajustados componentes dos descalabros promovidos pelos desordeiros,
reconhecidos, aplica-se até mesmo a expulsão dos inconvenientes ao bem e a
ordem da comunidade estudantil.
Agora, fazendo menção ao título desse texto, o Deputado
sindicalista, popularmente conhecido Paulinho, teve a petulância de afirmar que
não apoia a reforma da Previdência, pois, se assim fizesse, corria o risco da
proposta ter caráter sério, dessa forma, estaria ajudando na reeleição do Presidente
da República em 2022. Isso não é um posicionamento político para quem é apoiado
por um sindicado da classe trabalhista, trata-se de um desplante jocoso de
alguém desajustado mentalmente.
Temos convivido com um País de falsidades históricas, um descobrimento
cuja data é questionada e não combatida, um herói e mártir, que foi sem ter
sido, Tiradentes, foi uma farsa, não sendo herói de nada, traidor da Coroa
Portuguesa, nem mesmo líder foi, de um levante contra os 20% dos impostos
cobrados pelo Governo, teve uma imagem física clonada de Jesus Cristo, passando
a imagem de mártir. Tivemos uma independência em 1822, feita por um Príncipe
que nem era brasileiro, Dom Pedro l, filho e herdeiro de Dom João Vl, aqui
chegaram em 1808. Após 67 anos, agora um filho da terra brasileira, como
imperador, o maior administrador brasileiro de todos os tempos e regimes,
defensor das artes e da cultura, se constituindo no mais autêntico soberano
mundial de espírito republicano, mesmo assim, foi traído e expulso da nossa terra,
que também era dele.
Foi destituído do cargo e mandado embora, até mesmo a oferta
dada pelos novos donos do poder, os militares e políticos ambiciosos, 10
toneladas de ouro, para que ele não tivesse privações até o final de sua vida,
ele, o expulso, no auge da sua dignidade, simplesmente não aceitou o prêmio de
consolação, preferindo morrer no ostracismo, em terras francesas, em um quarto
de hotel modesto, fazendo um pedido, nos seus últimos suspiros, que, o Conde
D’Eu (Luís Felipe Maria Fernando Gastão), casado com a Princesa Isabel (D.
Isabel Cristina Leopoldina de Bragança), colocasse dentro do seu ataúde, um
pacote de terra que ele, o exilado, levara daqui do Brasil, gesto que poucos
homens tiveram.
No inicio dos anos 1930 assume a presidência o Ditador voraz
e caudilho, a figura patética de Getúlio Dornelles Vargas, sendo deposto em
1945. Voltando ao poder em 1951 e se matando em 1954, para alívio da Democracia
mundial. O Brasil não estava livre da referta dos imponderáveis. Em 31 de
janeiro de 1961 toma posse o dissimulado Jânio da Silva Quadros, se achando o
rei da cachaça barata, renuncia em 25 de agosto do mesmo ano, contando que o
povo e os militares iam busca-lo para reassumir o cargo, agora como Imperador,
para sua infelicidade, depois de longa negociação, o comunista, João Goulart,
assume a presidência, num sistema parlamentarista, depois é deposto e o Brasil
fica sob regime militar de 1964 até 1985.
Em 1985 é eleito por eleição indireta, o malabarista
político, José Sarney de Araújo Costa, nascido como José Ribamar Ferreira de
Araújo Costa, trocando de partidos por várias vezes e por benefício próprio,
nunca em função da causa pátria. No início da carreira política pulou do antigo
PSD para a UDN, com a instituição do AI-2 em 1965, eliminação dos partidos
políticos e criação do bipartidarismo filiou-se ao partido de apoio ao regime
militar, ARENA (Aliança Renovadora Nacional), lá ficando por quase duas
décadas, sendo seu presidente e presidente do Congresso por três mandatos, como
senador eleito e reeleito. No início do ano de1980, seu partido vira PDS, em
1984 migra para o partido de oposição PMDB, sigla que congregava tudo que era
de oposição, incluindo-se nele todos os comunistas, terroristas e agitadores,
anistiados que foram pela anistia dada pelo governo militar, um verdadeiro
albergue de retirantes políticos. José Sarney, o malabarista político é
premiado com a vice-presidência, ao lado de Tancredo Neves, por eleição
indireta, tinha sido uma promessa dos caciques do PMDB, para que ele, José
Sarney, se aliasse aos opositores, o final dessa história todos sabem, morte do
Tancredo, Sarney assume o Governo, numa epopeia política, se constituindo
Presidente sem nunca ter sido, coisas da República.
Depois de o Governo Militar o Brasil não teve muita sorte nas
suas escolhas, depois do Sarney veio o Fernando Collor de Mello, o caçador de
marajás, slogan que ficou só na propaganda, sendo cassado politicamente,
assumindo seu vice-presidente, Itamar Franco, sem jactância, exerceu seu papel
como um estadista, sem mácula e sem intempéries. Quando tomou posse, o
Presidente Fernando Henrique Cardoso já era a imagem do socialismo se chegando
ao Poder Central, foi reeleito, com denúncia de compra de votos no Congresso
para que fosse possível a reeleição no País. Finalmente e infelizmente, assume
o líder sindical e impostor, Luiz Inácio Lula da Silva, o grande malfeitor da
Nação, implantando as maiores maracutaias, nunca vista no País, o maior anúncio
de desvio público num único governo, seus comparsas assumiram ministérios e
empresas coligadas ao governo, fornecedores e amigos do dinheiro alheio também
fizeram festas com o dinheiro do povo, uma verdadeira patifaria
institucionalizada. Mesmo assim, ele reeleito e elegendo sua sucessora por dois
mandatos, Dilma Rousseff, tudo por conta das mentiras pregadas ao público mais
humilde e inocente, dos desmandos ocorridos.
O que mais se lamenta, depois desse desastre administrativo,
com verdadeiro estupro moral praticado contra a Pátria, por absoluta falta de
opção, dessa forma, atados aos dois candidatos ao cargo de Presidente da
República, que sobrou no segundo turno, ano próximo passado, o da esquerda que
já conhecíamos seu potencial corrupto, e o da direita, uma verdadeira
incógnita, o Brasil fez a opção da Direita desconhecida, saímos do péssimo para
o ruim. Não há notícias de corrupção exposta, mas a falta de coordenação
política e o apoio de parlamentares de apoio ao Presidente, dentro do
Congresso, tem se constituído numa verdadeira temeridade, toda e qualquer ação
anunciada pelo Governo gera tumulto, pela falta de tato e lucidez na hora de
explanar ou fundamentar suas ideias.
É uma situação de difícil solução, caso o Ministro Sergio
Moro, Justiça, e ou Paulo Guedes, Economia, por alguma razão, abandonem o barco,
o resultado será desastroso para o Governo, essas duas peças representam o aval
que o Governo tem, junto à população, o Governo atual vai precisar de muito
equilíbrio para se sustentar até 2022, o que é triste, ele que já teve apoio
inconteste da população e foi se fragilizando em decorrência dos seus próprios
erros de avaliações e atuações. Dessa forma e de maneira lamentável, temos um
País cuja história é mentirosa e hipócrita, um povo que insiste em não saber
fazer escolhas, com o passado e o presente cheios de dúvidas e um futuro
incerto e sombrio.
Genival Torres Dantas
*Poeta e Escritor
genivaldantas.com.br
Abjetas foram às palavras do Deputado Paulo Pereira da Silva
Reviewed by Clemildo Brunet
on
5/06/2019 06:30:00 AM
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