Cortar na própria carne responsabilidade ou absoluta falta de opção
Genival
Torres Dantas*
Estamos passando por
um momento intempestivo com a administração público em geral, os governos em
todos os níveis, na maioria, convivem com a incongruência da defasagem entre
receitas e despesas, com sentimento mais exposto na esfera federal por se
tratar daquele governo socorrista aos demais, entretanto é o mais visado pela
sua transparência junto ao público, dependendo da administração vigente.
Prefeituras em estado
falimentar, Estados comprometidos com despesas fixas ao ponto de ter os
salários dos seus funcionários parcelados e pagos no mês subsequente, quando
não entrando nos próximos 30 dias, verdadeiro estado de penúria. Quanto ao
governo federal não é novidade para ninguém o estágio em que se encontra.
Temos hoje uma
parcela enorme de setores sendo tocados em caráter prioritário e lentamente
administrado por conta da precariedade em que se encontrava, quando os custos
não eram avaliados e quando ocorrido era de forma apostatada, sem nenhum zelo
ou cuidado público. Portanto, alguns ministérios foram para o sacrifício,
apesar da sua importância e premência, nesse quadro me refiro ao setor da saúde
educação e segurança pública.
Por uma questão de
justiça não podemos olvidar das circunstancias de outros setores que operam com
dificuldades. Mesmo assim, vamos nos deter nos três pilares basilares das
necessidades fundamentais para o ser humano. A saúde é um triste quadro que nos
causa medo, estranhamento e a basicidade do mínimo necessário ao respeito ao
ser humano, sobrevivem à base do denodo dos nossos pacientes quase impacientes.
Nossa educação tão
fragilizada quanto corroída pela plasticidade da ideologia criminosa, não
possibilitando ao aluno do ensino fundamental, ou básico, raciocinar por conta
de alternativas, quando é imposta apenas uma só vertente de informações. Claro
que essa situação esdrúxula respinga no ensino superior e transforma os nossos
jovens, porém provedores do nosso futuro, em verdadeiros elementos repetidores
de conceitos ultrajados e superados pela dicotomia cultural sempre bifurcando
ao mesmo ponto inicial.
A segurança pela
absoluta ausência de cuidados e investimentos necessários transformou a nossa
Nação prisioneira dos seus próprios descasos e descomposturas administrativas,
sem deixar de reconhecer que todo esse flagelo é o resultado de vários governos
que procrastinaram os deveres e demandas, ocasionando esse congestionamento
exacerbado das necessidades basilares do nosso povo em urgente comando de atividades
voltadas para a recuperação da moral e da esperança do povo brasileiro.
O que mais lamentamos
é verificar que enquanto o povo padece de melhores dias, são informados pela
mídia da falta de equidade entre os poderes e o povo, quando sabemos que o
TJ/SP, encontra-se com projeto para aprovação à Prefeitura da Capital, com
valor orçado em R 20 mi, apenas o projeto, quanto à obra ela vai custar
inicialmente R 1, 2 bi. Para o momento que atravessamos é um absurdo e até
mesmo falta de bom senso e equilíbrio, gastar com algo que não é extremamente
necessário com o dinheiro que efetivamente não dispomos.
Concordo que temos um
governo ausente de boas iniciativas e revestido de prioridades sensatas, cuja
preocupação gira e vão em direção as obviedades do proselitismo para manutenção
de um governo pífio, mesmo assim, não é prudente que abusemos da nossa
capacidade de raciocínio e tornemos esse momento em maiores dificuldade,
devemos sim, sermos precavidos e pelo menos ajudar a manter em equilíbrio nossa
Democracia tão depauperada por aqueles sem nenhum desconfiômetro, ou rascunho
dele.
Não podemos esquecer
que qualquer que seja o caminho que escolhermos sempre será difícil segui-lo,
mesmo porque, para termos um pouco de felicidade devemos esperar o mínimo possível
dos outros e do mundo e darmos o máximo de nós mesmos, se não quisermos ser
taxados de vagabundos por excelência, nesse momento que a busca dela, a
excelência, passou a ser uma realidade e corrida de todos, não mais um apêndice
da Filosofia, que nem é mesmo pensamento de Aristóteles, mas do historiador e
escritor estadunidense Will Durant.
Genival Torres Dantas
*Poeta e Escritor
Cortar na própria carne responsabilidade ou absoluta falta de opção
Reviewed by Clemildo Brunet
on
9/17/2019 05:04:00 AM
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