GENTÍLICO DE POMBAL É POMBALENSE E NÃO POMBA-LESA!

Jerdivan N. de Araújo

Jerdivan Nóbrega de Araújo*

Sou pombalense, orgulhoso da cidade que nasci, por mim e por meus antepassados, sinto-me aviltado pela forma preconceituosa pela qual o Senhor Clilson Júnior tratou o nosso povo em texto veiculado no seu blog.

Fomos vítimas de preconceito resultante de uma frustração de pessoas que transformaram o seu projeto pessoal em raiva, e que acabam por deslocar a sua hostilidade para toda uma cidade, e para os nossos profissionais do radio, considerando-nos inferiores, resultando aí em clara discriminação e um velado e odioso preconceito.

Os filhos de Pombal são infinitamente maiores do que possa pensar este senhor e,

comentar tal publicação seria dar uma dimensão maior a sua insignificância no contexto midiático paraibano. Seria alimentar a sua necessariedade de aparecer a todo custo. Porém, “quem cala sobre teu corpo consente na tua morte, talhada a ferro e fogo nas profundezas do corte que a bala riscou no peito. Quem cala morre contigo mais morto que estás agora”. Ou seja: homens honrados não podem e não devem se calar diante de quaisquer tipos de preconceitos. Um jornalista que se preste a tratar um povo desta forma, evidencia, inequivocamente, a sua debilidade moral, e o seu desconhecimento da historia desse povo. E eu não posso e não vou me calar.

Se há uma pendenga política; se não querem respeitar a vontade soberana do nosso povo, se querem tramar decisões nas alcovas, se não tem respeito pelos que já não podem mais se defender, que respeite a nossa história. A história de um povo que há 241 anos, com luta e determinação, constroem uma bicentenária cidade para a geração futura. Se a nossa cidade “já foi a terceira economia do estado”, o que demonstra seu desconhecimento, já que isso nunca aconteceu, o nobre jornalista não deve esquecer dos oito anos da nossa cidade, perdidos nas mãos de quem ele tenta falar em nome.

Temos cultura e história para ser enredo em qualquer escola de samba que desfila na Marquês de Sapucaí, não vamos negar, mas não aceitamos esta afirmação de forma pejorativa e aviltante como foi colocado no texto desse ilustre desconhecido do povo de Pombal.

Pombal é a cidade de pessoas como Celso Furtado, Leandro Gomes de Barros, Jairo Feitosa, Dr. Atencio Bezerra, Onélia Queiroga, Janduy e Ruy Caneiro, Avelino e Antônio Elias de Queiroga, Arlindo Ugulino, Wilson Seixas, Manuel de Arruda Câmara, Argemiro de Sousa, Prof. Margarida, Tarciso Pereira, meus pais e irmãos e tantos outros e outras que nos orgulham e nos levam a acreditar que a cidade tem a sua importância no contexto histórico da Paraíba e do Brasil

Não nos diminui nem um pouco sermos chamados de POMBA-LESA, o que nos diminuiria era se calar diante desse tipo tratamento achincalham-te que, de uma forma geral, causam danos a formação e a autoestima dos nossos jovens e de qualquer ser humano que traga no peito os sentimentos dos seus antepassados.

Exigimos, já que o nossos representantes nas instâncias superiores parecem se calar e, portanto concordar com tal aviltamento, uma retratação e um pedido de desculpa pública.

*Escritor e Pesquisador da História de Pombal com várias obras publicadas em livro.