Maio, Além das Flores e Noivas
Genival Torres Dantas |
Genival
Torres Dantas*
O
mês de maio último foi marcado pelas divergências principalmente entre o
judiciário e o executivo, com imposição do executivo para aprovação da MP 595,
mais conhecida como a MP dos Portos, no limite do prazo, não dando oportunidade
para a medida fosse instrumento de debate dentro do senado federal gerando
desconforto e mal estar entre os senadores, inclusive alguns da base aliada.
Na
sequência e para honrar sua palavra empenhada junto aos seus pares, o
presidente do senado, José Renan Vasconcelos Calheiros evita o andamento da MP
605, permitindo o uso de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE)
para compensar descontos concedidos a setores da estrutura tarifária,
viabilizando a redução da conta de luz, não lendo a medida em plenário, apesar
do apelo de vários senadores da situação, por a mesma não ter chegado a tempo e
dentro do prazo regimental.
O
gesto moralizador do presidente do senado elevou seu capital político e moral
dentro do congresso, merecendo elogios até mesmo da oposição, dentre eles
aqueles que votaram contra sua eleição à presidência da casa.
Ainda,
e em consequência das divergências, o presidente da Câmara anuncia a votação,
antes do recesso parlamentar, a proposta estabelecendo o caráter impositivo da
execução de emendas ao orçamento, cada um dos 593 congressistas tem o direito a
R$15 milhões em emendas individuais, hoje autorizado por norma constitucional.
Se efetivamente essa proposta for aprovada, e deve ser aprovada, pela liberdade
de ação que ela traz o legislativo. O executivo não vai poder usar o expediente
de liberação de verbas para imposição nas aprovações de MPs e Leis de seu
interesse.
No
setor econômico a área financeira do governo eleva a taxa de juros (Selic), em
0,5% e não tem o efeito desejado no crescimento do PIB (produto interno bruto),
e já há setores pensando num número menor que o estabelecido no inicio do ano
que era de 4,5% para 2,7%. O déficit externo se manteve negativo, entre os
fatores determinantes consta a crise internacional. O Brasil continua
dependente das exportações de commodities, sendo os EUA e China nossos maiores
clientes no segmento e como complicador, a China continua com o consumo em
baixa, portanto, afetando diretamente nossas exportações, principalmente os
minerais, com maior peso para o minério de ferro.
Um
dos maiores gargalos da economia e que se apresentou em maio como um empecilho
de enorme peso é o custo do dinheiro. Para fomentar o consumo interno é
alargado o crédito, aos consumidores, com custos adicionais para aquisições de
bens. Esse sobrepreço faz parte da política de compra e venda no mercado
mundial. Para essa finalidade nos países desenvolvidos há um custo de 3%, nos
emergentes é de 10%, enquanto no aqui pagamos a bagatela de 90%, ridiculamente.
Se não houver um entendimento com uma política voltada para estimulo ao consumo
interno, grande mercado a ser explorado e não há um direcionamento nesse
sentido, o que há é uma prática abusiva de cobrança de juros caracterizada como
proibitiva ao acesso da grande massa consumidora, o Brasil vai continuar
regredindo enquanto outras nações vão continuar crescendo, mesmo sem o
potencial que temos; por pura inabilidade, incoerência ou incompetência dos
nossos dirigentes.
Para
evitar a sequência desses desencontros o Brasil precisa urgentemente, além de
outras iniciativas desenvolvimentistas, parar com intervenções pontuais na
economia, beneficiando setores específicos com desonerações que só tem
derrubado a arrecadação da Previdência Social, sacrificando esse órgão e não
trazendo qualquer benefício direto ao consumidor final, pois, o pressuposto
barateamento dos produtos não tem ocorrido, o único beneficiário tem sido a
própria indústria.
Uma
das marcas de incompetência mais desastrosas ocorridas no mês passado foi a
liberação por parte da Caixa Econômica Federal (CEF), dos valores para
pagamento do Programa Bolsa Família em data não programada oficialmente,
acarretando uma corrida aos caixas daquela instituição financeira pelos
beneficiários, gerando um tumulto indesejável o que poderia ter gerado
conseqüências danosas a uma massa de pessoas que já são penalizadas pela própria
vida.
No
esporte, o Brasil treina para disputar a Copa das Confederações deste ano com
um time renovado pelo técnico Luiz Felipe Scolari, Felipão 64 anos, sem conseguir a
confiança que era esperada pelos torcedores para conquista de mais um título
para nossa seleção de futebol.
Seguindo
a lógica do futebol, time que não ganha troca de treinador o Santos Futebol
Clube dispensa Muricy Ramalho, paulistano de 57 anos, um profissional vencedor tanto como
jogador e técnico, nos clubes por ande trabalhou.
A grande
noticia fica para os jovens sonhadores da nossa terra, que sonham com o
estrelato, principalmente os amantes do futebol, depois de muitas idas e
vindas, o jogador Neymar da Silva Santos Júnior, 21 anos, paulista de Mogi das
Cruzes, deixa o Santos Futebol Clube e vai para o Futebol Clube Barcelona,
Espanha, realizando dessa forma um sonho de garoto, indo jogar num dos maiores
clubes do futebol mundial, (não obstante ser o Santos um clube de expressão
mundial, principalmente pela imagem ligada ao legendário, Edson Arantes do
Nascimento, Pelé, 72 anos, o maior jogador de todos os tempos, tendo jogado
pelo Santos por 18 anos). e jogará ao lado de grandes estrelas, dentre elas o
maior jogador de futebol no momento, o Argentino, Lionel Andrés Messi, 25 anos.
Neymar
é um dos maiores salários do futebol mundial, um líder brasileiro que
certamente vai se transformar numa estrela mundial, tendo a responsabilidade
de, juntamente com outros ídolos do nosso futebol, ganhar o hexacampeonato do
futebol mundial, para o Brasil e no Brasil, em 2014.
*Escritor e Poeta
Maio, Além das Flores e Noivas
Reviewed by Clemildo Brunet
on
6/07/2013 06:03:00 AM
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