ONDE ESTÃO OS NAMORADOS?

Clemildo Brunet

Clemildo Brunet*

Onde estão os casais de namorados que antes se via nas ruas, praças e avenidas? O tempo passou e hoje é coisa raríssima. As constantes mudanças de comportamento no relacionamento do casal fez com que houvesse um afastamento de ambos da antiga prática de serem vistos publicamente de mãos dadas, abraçados, beijando e trocando juras de amor ao pé do ouvido.

SÓ NA LEMBRANÇA É QUE SE VOLTA AO PASSADO...

A Sorveteria Tabajara no centro da cidade de Pombal, aos sábados pela manhã, era o local onde os rapazes esperavam o passeio das estudantes da Escola Normal Josué Bezerra.  A festa do Rosário e o Serviço de Alto Falantes do Parque Maia com o Programa: “Atendendo ao Ouvinte” oferecia músicas românticas de um alguém para outro alguém. Havia ainda o encontro de amigos entre moças e rapazes e namorados em frente e na sala de exibição do Cine Lux antes do início do filme.

E o Bar Centenário, que antigamente era o coreto da Praça José Ferreira de Queiroga, mas, logo após a Festa do Centenário da cidade em 21 de julho de 1962, passou a ser chamado de Bar Centenário; a Prefeitura em regime de comodato cedeu o imóvel para funcionamento de um estabelecimento comercial do ramo. Já a praça, ficou conhecida como Praça do Centenário.

Pois bem, enquanto a rapaziada se deliciava dos petiscos e das bebidas servidas pelo bar centenário, as moças passeavam ao redor, sempre em busca de alguém para formar o seu par. Neste local as lembranças das corridas de bicicletas, os shows de artistas como Luiz Gonzaga e Marinês e sua gente e outras atrações que sempre tinha presença de público.

NAMORADOS

Não há comparativo igual que se faça ao namoro, pois quando isso acontece em determinada fase da existência humana, registra-se o que chamamos de começo de tudo num relacionamento entre duas pessoas atraídas pela chama da paixão.

Os namorados após concretizarem o sonho de ter encontrado o seu par, passam a compartilhar ideias, pensamentos e juntinhos vão descobrindo um no outro, qualidades e desfeitos; mais qualidades que defeitos.

Namorar é bom desde que haja amor. Porque há os que encaram o namoro como competição, disputa ou simples brincadeira; não têm o mínimo interesse, levam na esportiva pelo simples fato de estar namorando por namorar. Pura vaidade e vazio de sentimento. 

No entanto, a despeito de casos dessa natureza há os que se sacrificam, sofrem e namoram seriamente; nesses, o amor é mais forte, ultrapassam barreira e obstáculo custe o que custar. É o amor sem fronteiras, sem limites.

Acredito que o namoro seja a melhor fase que o ser humano possa experimentar para adquiri experiência na vida. É nesse meio tempo que começa uma história de amor, que mais tarde será lembrada sem saber ao certo como tudo começou. Às vezes um cruzamento no olhar, uma conversa ao pé do ouvido, uma dança agarradinhos, um encontro inesperado preparado por outra pessoa ou algum indicativo de alguém que falou de um alguém para outro ou outra.

O namoro de antes era marcado pelo respeito e o estar junto à pessoa amada significava compartilhar momentos de felicidades e tristezas. No entanto, o tempo foi passando e novas regras foram estabelecidas. Nos dias atuais pode-se namorar a distância, graças ao avanço tecnológico nas comunicações, com a utilização do telefone e internet. Sendo assim, casais namoram, apesar de estarem em estados, países ou continentes diferentes.

Por outro lado - com a transferência do lugar do idílio dos namorados, a inversão de valores tem banalizado o namoro nos dias atuais... Ao invés das calçadas, praças ou outro logradouro qualquer expostos a vista de transeuntes, uma permissividade enlouquecida se instalou a tal ponto, que casais de namorados preferem o quarto da casa dos pais para usufruírem da libertinagem de suas intimidades.

Ô coisa boa é namorar...

Ô coisa boa é namorar...

Ô coisa boa é namorar...

Ô coisa boa é namorar.

FELIZ DIA DOS NAMORADOS

Pombal, 10 de junho de 2013

*Radialista, Blogueiro, Colunista

brunetco@hotmail.com