O marketing e a política
Depois de uma longa campanha,
finalmente é chegada a hora de cada brasileiro eleitor fazer sua reflexão e
votar naquele que mais se mostrou capacidade de tirar o país do marasmo que se
encontra, e volte ao caminho do crescimento sem inflação, juros compatíveis com
o mercado internacional, os serviços prestados pelo governo de qualidade digno
de elogios e as nossas vidas voltem à
normalidade que tanto precisamos na
labuta do dia a dia.
Com os avanços da
tecnologia e
as novas formas de viver em comunidade, com o advento da mídia
eletrônica, a realidade nos mostra uma forma totalmente diferente de se fazer
política em nosso país, nos últimos anos, a partir do final da década de 1980
os hábitos e costumes tiveram fortes mudanças com o crescente uso do marketing
usado na maneira de se fazer política. Nessa eleição ficou evidente a força da
propaganda nos resultados das pesquisas com a transformação dos números na
evolução da campanha.
Iniciada a corrida
presidencial, tínhamos um quadro totalmente diferente do atual, a candidata
oficial, Dilma Rousseff (PT), estava com uma forte rejeição, sendo superada
pelos números das pesquisas por Marina Silva (PSB), com uma grande diferença,
na sequência do acidente e morte do candidato Eduardo Campos, ficando Marina
como sua substituta. O tempo foi passando e a massificação da propaganda foi
revertendo à situação, graças ao trabalho extraordinário do marqueteiro do PT,
João Santana, que soube transformar fatos negativos em propostas positivas e
renovadoras, como num passo de mágica. Em determinados momentos, criando frases
curtas, mas de efeito persuasivo, levando o eleitor a imaginar que concorrentes
do seu partido, ganhando a eleição, eliminariam programas sociais,
transformados e expandidos pelo atual governo, caso específico do Bolsa
Família.
Outra situação que
seria até vexatória para o PSB seria a segunda colocação para o PSDB, que se
mantinha em terceiro colocado e de um momento para outro a candidatura do Aécio
Neves deslancha, vislumbrando a possibilidade de ir ao segundo turno, caso a
Dilma Rousseff não consiga os votos suficientes para ganhar no primeiro.
Vendo o último debate
na televisão, quinta-feira (2), dos presidenciáveis, pela Rede Globo de
Televisão, pudemos testemunhar o sofrível nível da campanha política, não houve
objetividade nas falas dos postulantes ao cargo, apenas informações
desencontradas, números defasados, meias verdades ditas apenas para denegrir
concorrentes, a ética praticamente esquecida num canto qualquer da nossa velha
República, junto com o respeito aos concorrentes, que não são inimigos, e ao
próprio público que pasmo, assistia aquelas cenas tristes e melancólicas de um
enredo mal construído por autores, muitos deles, sem preparo nem mesmo para
concorrer a qualquer cargo eletivo, muito menos à presidência da República.
O Brasil de hoje,
século 21, tem muito a ver da história antiga, somos uma república administrada
por imperadores, da administração pública, obcecados pelo poder, não se
importando com o futuro da nação, o que interessa a esses é o continuísmo a
qualquer preço e custo, nem que a nação mergulhe num futuro insólito de contumaz
corrupção.
A sorte está lançada,
o eleitor vai escolher entre o que há de mais perverso para um país que procura
seu futuro e é conduzido por pessoas inescrupulosas, ou a possibilidade de um
novo tempo com novas chances de construirmos um novo Brasil para todos os
brasileiros, e não apenas para poucos de uma classe sobejamente conhecida nos
meios policiais pela recorrência dos seus atos em dilapidar o erário público,
subtraindo a pátria que de tão inocente se faz amada e gentil. Pense e vote, a
decisão é sua, e com a decisão tomada você pode mudar ou não o futuro da nossa
nação, vote com a sua consciência. Isso é um fato.
*Poeta e escritor
O marketing e a política
Reviewed by Clemildo Brunet
on
10/05/2014 08:17:00 AM
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