MÃE: NÃO HÁ QUEM A DESTRONE E OCUPE O SEU LUGAR
Clemildo Brunet de Sá |
Por
Clemildo Brunet*
Mãe é aquela que durante nove meses de
gestação carrega em seu ventre com todo o cuidado o filho que vai nascer. São
muitas as noites sem dormir na esperança de ver sair de suas entranhas o ser
querido que está para vir. Aos primeiros sinais da gravidez inicia-se a
preocupação em preparar o enxoval para o rebento, pois quando chegar estará
pronto o seu lugar em um quarto da casa, o berço e todos os apetrechos
necessário, dando cores ao ambiente de conformidade com o sexo da criança.
Sofre as dores de parto, no entanto, como
disse Jesus: “A mulher, quando está para
dar à luz, tem tristeza, porque a sua hora é chegada; mas, depois de nascido o
menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer que tem de ter nascido ao
mundo um homem”. Jo. 16:21. Agora na satisfação de contemplar o seu filho
querido, o coração de mãe se desdobra em oferecer o melhor para ele. O tempo
passa e
ela acompanha o dia a dia de seu filho com
todo amor, esmera-se em educá-lo para vida, na esperança de que no futuro seja
uma pessoa digna e respeitada pelos ensinamentos que foram dados por ela.
A missão de ser mãe atribuída única e
exclusivamente à mulher vem desde o início da humanidade, não há outra espécie
de sexo no mundo oposto, que por mais que se esforce a destrone e ocupe o seu
lugar. Deus a fez assim: Mulher. A bíblia faz uma exaltação à mulher como algo
precioso e raro entre os seres humanos. “Mulher
virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas jóias... Atende ao
bom andamento da sua casa e não come o pão da preguiça... Levantam-se seus
filhos e lhe chamam ditosa; seu marido a louva, dizendo: Muitas mulheres
procedem virtuosamente, mas tu a todas sobrepujas”. Pv. 31:10,28,29.
No coração materno há uma chama de esperança
que nunca se apaga. Por mais que aquele filho seja um vilão para a sociedade,
ela não o vê desse modo. Padece por ele, pede a Deus a proteção divina sobre
sua vida e passa a ser motivo de sua preocupação maior em relação aos demais.
Não é sem razão que o poeta inspirado em uma canção diz: “Ser mãe é padecer num paraíso”.
A mulher israelense casada que o diga; quanto
significativo para ela era ter um ou mais filhos. Todos ali esperavam na
promessa de Deus de que o libertador do seu povo nasceria no meio deles,
descendente de uma mulher. Por essa razão as mulheres estéreis, isto é, aquelas
que não podiam ter filhos era o opróbrio do seu povo.
O exemplo mais edificante de uma mulher
desejosa de ser mãe e não poder por
causa da sua esterilidade, foi Ana. Seu marido a amava muito, mas isso não era
suficiente, pois sua rival tinha filhos com seu esposo e ela tão somente era
objeto de escárnio por ser infrutífera. Ana vai ao templo chora copiosamente
derramando a sua alma perante o Senhor na ânsia de alcançar benevolência do
altíssimo e faz este voto: “Senhor dos
Exércitos, se benignamente atentares para aflição da tua serva, e de mim te
lembrares, e da tua serva te não esqueceres, e lhe deres um filho varão, ao
Senhor o darei por todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará
navalha”. I Sm. 1:11.
O voto do nazireu que significa consagrar o
menino ao Senhor consistia em, (abster-se de uvas ou de qualquer coisa feita
com uva, deixar de cortar os cabelos e evitar todo e qualquer contato com algum
cadáver). Poderia ser feito de duas maneiras; por tempo determinado ou
perpétuo, Ana preferiu consagrá-lo por todos os dias de sua vida, porque disse
ela: “pelo que também o trago devolvido
ao Senhor, por todos os dias que viver, pois do Senhor o pedi”. I Sm. 1:28.
Como recompensa desse gesto, Ana foi abençoada como mãe, nascendo ainda de seu
ventre três filhos e duas filhas. I Sm. 2:21.
Que valor inestimável tem uma mãe no seio da
sociedade, até mesmo a que pelo infortúnio do destino é mãe solteira, mas teve a
responsabilidade de arcar com seu erro e ir em frente fazendo o papel de pai e
mãe ao mesmo tempo, dando uma boa educação ao seu filho para vê-lo mais tarde
um cidadão de bem e respeitado pela sociedade.
Muito acertada a escolha do segundo domingo
de maio para as homenagens as mães em todo o mundo, tanto pelo seu valor
histórico inicial, como também na forma coletiva de se reunir em cada lugar os
filhos ao seu redor prestar-lhes as homenagens que lhe são devidas. Bom seria
que ela não fosse lembrada tão somente nesse dia em meio à efervescência das
comemorações, mas sim em todos de sua existência.
Eu não tenho mais a minha mãe, desde o dia 13
de outubro de 1980 que ela foi levada para o seio de Abraão, porém sinto muito
a sua falta. Contudo, deixou-me o legado do seu amor, seus ensinamentos no
caminho do bem, resignação, perseverança e esperança. Finalmente como ela mesma
costumava me dizer: “Meu filho: Uma mãe é
para cem filhos e cem filhos não é para uma mãe”.
Parabéns a todas as mães deste planeta. Feliz
Dia das Mães!
Pombal,
07 de maio de 2015
*Radialista e
Escritor
MÃE: NÃO HÁ QUEM A DESTRONE E OCUPE O SEU LUGAR
Reviewed by Clemildo Brunet
on
5/07/2015 09:26:00 AM
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