Opinião: na instauração do caos, o País abraça o holocausto, ou seu Mourão – como quiserem
João Costa |
João
Costa*
Se serve de conforto, interessante mesmo
é que quase nada no Brasil está dando certo, a Nação não sabe o que quer, à
exceção das famílias que controlam a mídia nativa, e o Pentágono
norte-americano com sua longa manus no Brasil – o Judiciário e a entourge que
os cerca: a autofagia que leva à bancarrota do País, levando-o de volta à
condição de republiqueta. De fato, colocaram no comando na Nação políticos
comprovadamente corruptos, mas cumpridores da missão a eles reservada:
desmontar o País.
Na
condição de aprendiz de feiticeiro e mestre do teatro paraibano, lá pelos idos
das décadas de 1970/80, o teatrólogo Fernando Teixeira, ensinava seus
discípulos que antes do espetáculo subir ao palco, o elenco precisava definir a
vontade e a contra vontade de todos os personagens – e achar um verbo de ação.
Dos ensinamentos do mestre para a quadra que vivemos hoje, observamos que desde
2013, brasileiros se estapeiam todos os dias e por qualquer razão, ou sem.
Prenúncio do caos.
É
à vontade, o desejo autofágico do País em ver jorrar o sangue na calçada;
talvez já estejamos nesse caminho
inexorável, se olharmos um passado de falsas revoluções e arranjos ou pactos
sociais fracassados. O País segue impulsionado pela percepção do fracasso que o
levará ao caos e à espera que nosso Minotauro, ressentido, assumindo o ódio de
classe sempre escamoteado, tal qual o sentimento escravocrata que transformou
milhões em néscios com sangue nos lábios.
O roteiro dessa tragédia, como diria
Fernando Teixeira, cada ato encerra o determinismo dos deuses em expor tudo à
prova para depois condenar num julgamento de cartas marcadas. Na política, por
exemplo, as coisas começam a se encaixar. Por longos anos a mídia nativa
apresentou à sociedade a percepção de criminalizar a política; após
criminaliza-la, politizaram o Judiciário, que nos dias atuais toma partido. Ou
vocês duvidam que juízes e procuradores governam o País?
A possibilidade de uma eventual
candidatura avulsa à presidente da República, por exemplo, abre espaços para
salvadores da Pátria, a exemplo de juízes, procuradores, personalidades do show
Business, desde que encarne o espírito de cruzada e o le motif dos justiceiros,
“Cavaleiros Templários” de araque, ainda que em nome de Cristo, da moralidade;
não importa como vencer o inimigo, desde que isto signifique a sua destruição e
aniquilação física por qualquer meio, e o caso mais emblemático é esse do
reitor Luiz carlos Cancellie.
As forças democráticas simplesmente não
sabem o que fazer para barrar o fascismo que avança pelos braços do estado
policial em curso.
Líderes – poucos – com capacidade de
liderar uma reação se sentem encurralados, e ainda que criminalizados,
discursam para as paredes brandindo conciliação, enquanto o País abraça seu
holocausto e ou seu Mourão preferido. Como quiserem.
*João Costa é
radialista, jornalista e diretor de teatro, além de estudioso de assuntos
ligados à Geopolítica. Atualmente, é repórter de Política do Paraíba.com.br
Opinião: na instauração do caos, o País abraça o holocausto, ou seu Mourão – como quiserem
Reviewed by Clemildo Brunet
on
10/05/2017 11:04:00 AM
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