Um fio de cabelo
Onaldo Queiroga |
Onaldo Queiroga*
Dizem
que o mundo mudou e, consequentemente, que o homem também se transformou. Bom
se para melhor ou pior, o fato é que muitos acreditam que em alguns aspectos a
mudança ocorreu para pior.
Lembro-me
que meu pai sempre quando se reporta as fatos vividos no seu passado, costuma
afirmar que em tempos idos a palavra de um homem, ou mesmo, o fio de cabelo do
bigode valia mais do que qualquer recbibo ou contrato assinado e registrado em
cartório. Antigamente, o bodegueiro confiava piamente numa grande clientela e,
com isso, havia apenas uma caderneta anotando o valor das compras, que eram
pagas no final do mês.
Hoje,
ao recordar disso, meu pai fala-me que os tempos mudaram mesmo, pois mesmo com
a diversidade de meios para a formalização dos negócios, o descumprimentos dos
acertos cresceram e continuam a crescer cada vez mais.
Realmente
constata-se que o homem transfomou-se em um ser de pouca confiança. O fato é que a mentira, o cinismo, a falta de
respeito e a ausência de credibilidade vem colocando em xeque as relações
humanas em todas áreas, fragilizando a sociedade. É triste, mas a verdade é que
se homem não mudar sua conduta terminará se encaminhando para um abismo difícil
de escapar.
O
que aconteceu que fez esse tempo pairar sob nós de forma tão cinzento. De um
lado, tanta evolução na medicina, na seara tecnológica, da comunicação,
industrial, transporte e inversamente o
homem continua o mesmo bárbaro e bestial, como nas priscas eras.
É
preciso amar mais, seguir obediente aos ensinamentos de Deus e, com isso, como
diz Mário Queiroz: Confie na vida e siga em frente. “O mal só existe quando
damos poder a ele...”
*Escritor pombalense e Juiz de Direito da 5ª Vara Cível de João Pessoa
PB
Um fio de cabelo
Reviewed by Clemildo Brunet
on
5/03/2018 07:00:00 AM
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