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Passistas e madrinhas da bateria do Judiciário avisam que não vão deixar seu samba morrer

João Costa

João Costa*

Por motivos fúteis, brasileiros se matam uns aos outros a uma média de 60 mil por ano, e um dos candidatos favoritos diz que pra governar vai precisar matar uns 35 mil, certamente “a vontade de Deus”, pois ungido é com apoio de fundamentalistas cristãos; até na Casa-Grande as passistas do Judiciário avisam que não vão deixar esse samba morrer. Mas essa canoa também pode virar!
Lumpenproletariat está sedento de sangue e é inútil avisar ao jovem pobre e negro que aquele que lhe promete uma arma, também manda avisar que vai dar a polícia – como já acontece no Rio de Janeiro – inimputabilidade ao policial que atirar primeiro em quem estiver armado. Logo, este vai morrer primeiro – e isto é muito bom.
Essa está sendo a sucessão “mãe de todas as tragédias brasileiras”. Mesmo com recomendação das Nações Unidas, o candidato favorito não pode aparecer nem ser citado; o segundo favorito avisa que não vai mais a debate, pois considera o diálogo e o confronto de ideias “uma palhaçada”. Com certeza quer esconder daqueles que vão morrer quem realmente ele é.
Certamente ouve vozes como um César no Coliseu.
- "Ave, Caezar, morituri te salutant" - "Ave,César, aqueles que estão prestes a morrer o saúdam", era o mote de gladiadores e cristãos prestes a serem devorados por leões no esporte preferido dos romanos. Uma conhecida sentença latina citada em Suetónio, De Vita Caesarum ("A vida dos Cèsares", ou "Os Doze Cèsares"), um livreto porreta e que não custa muito nas livrarias.
A cena no STF com as mulheres poderosas mulheres do Judiciário cantando inebriante samba foi além do bizarro. O que festejavam?
Talvez o ultrajante aumento salarial autoconcedido e aqueles que vão morrer certamente pagarão, reagindo apenas com mi-mi-mi nas redes sociais.
Ou certamente a desfaçatez de servir a um golpe de estado urdido para destruir a economia, achacar com a soberania nacional, rasgar a Constituição que juraram defender, escudadas na cantilena de combate à corrupção, como se eles mesmos, que furam o teto dos salários dos servidores públicos e ainda recebem auxílio moradia, mesmo sendo proprietários de inúmeros imóveis também não cometessem aquilo que dizem combater.
Como nas Cruzadas alguns, eles e elas, estão convictos que cumprem “a vontade de Deus”, e que para infelicidade geral da Nação são sabedores como todos também sabem, que aquele que está encarcerado em Curitiba nem de longe tem o espírito de um Saladino.
“Vai passar nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar”, avisa Chico, outro sambista. E este é o meu samba preferido.
*João Costa é Radialista, Jornalista e Diretor de teatro, além de estudioso de assuntos ligados à Geopolítica. Atualmente é repórter de política no blogdojoaocosta.com.br
Passistas e madrinhas da bateria do Judiciário avisam que não vão deixar seu samba morrer Passistas e madrinhas da bateria do Judiciário avisam que não vão deixar seu samba morrer Reviewed by Clemildo Brunet on 8/24/2018 02:11:00 PM Rating: 5

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