Nacional de Pombal 1 x 1 Esporte de Patos
Teófilo Júnior |
Teófilo
Júnior*
Finalmente, começou o Campeonato
Paraibano da Segunda Divisão de 2018. Depois de tantas celeumas, proibições e
adiamentos, os times da segundona entraram em campo e a torcida compareceu.
Neste domingo (23), no Estádio Municipal
“O Pereirão”, o Nacional de Pombal estreou no Campeonato empatando, em casa,
com o Esporte de Patos.
O que pude concluir da partida é que o
Esporte não mete mais medo em ninguém, tem uma equipe razoável, e assim como o
Nacional oscilou muito dentro de campo. Marcos Nascimento optou, a princípio,
por uma formação 4 -2 -4, com Ruan flutuando, às vezes, como um falso
centroavante. Nos primeiros 15 minutos de jogo, o Esporte partiu pra cima do
Nacional fazendo uma marcação alta no campo do adversário, isso, contudo
propiciou ao Camaleão o contra-ataque. Logo aos 07 minutos, Deda, em jogada
rápida pelo meio, disparou um “chutaço” em direção ao gol do Patinho, para em
seguida, aos 09 min, Kalel, centroavante do Nacional, num chute desajeitado,
abrir o placar. Aos 18 minutos, Ruan, numa tabela na entrada da área envolveu
de forma inocente a Zaga do Naça e, de cara com o goleiro, empatou o jogo.
É de se observar que o Esporte, assim
como o Nacional, não se acharam em campo. Se o Nacional sofria com a pressão
nos 15 minutos iniciais, o Camaleão também fazia sofrer a Zaga do Esporte em
alguns contra-ataques.
Percebi que o Camaleão não tem uma linha
compacta quando está em campo. A ligação entre a defesa e o ataque, assim como
no ano passado, foi feito com chutões do goleiro buscando o ataque. As suas
linhas eram distantes e proporcionaram espaços para o meio campo do Esporte
trabalhar.
O Nacional se ressente muito de um homem
de referência no ataque, daquele homem matador, que decide a parada. Kalel,
apesar do gol, teve um rendimento muito abaixo do esperado.
Posso dizer que gostei muito do Deda
pelo meio e da movimentação do Kairo, esse último, habilidoso, se movimentando
muito bem pelo campo (no primeiro tempo) e se apresentando como alternativa. No
segundo tempo não teve o mesmo rendimento.
O nosso Lateral direito, Alanzinho,
também foi muito bem na partida, consegui desarmar e apoiar quando foi
necessário, alimentando o ataque com alguns cruzamentos, não aproveitados.
Otávio, camisa 5, foi equilibrado e
demonstrou potencial para render com algum outro jogador de contenção a seu
lado. Distribuiu bem o jogo.
Já a nossa defesa, foi um problema.
Primeiro, não tem o hábito de sair jogando distribuindo as bolas com os
laterais. O Reidson (camisa 4) deu tanto balão que eu achei
que ele estava medindo a força que tinha
na perna. São dois zagueiros de boa estatura mas em alguns momentos, inclusive
no gol sofrido, estavam atuando em linha. Ora, foi um suicídio para quem tem do
outro lado um atacante rápido como Ruan.
É preciso melhor, não vou enganar nem
iludir a torcida, a verdade, pelo que vi, não temos time para ir muito adiante.
Algumas peças se destacam, outras, precisam ser substituídas de imediato.
Faltou conjunto, esquema tático e
atacante para o Nacional. Por outro lado, o Esporte de Patos também ficou
devendo muito em campo. É uma equipe mediana e que não mete medo em ninguém. No
segundo tempo, ambas as equipes sentiram muito e o ritmo do jogo caiu.
A arbitragem fica com a nota 7. O
árbitro central pecou algumas vezes quanto a disciplina dentro de campo. Já o
4º árbitro foi parcial. Não incomodava Marcos Nascimento que a toda hora saía
da área técnica sem ser importunado.
A torcida compareceu em bom número e
apoiou o time.
Estou curioso com o posicionamento do
Ministério Público que viu a sua recomendação não ser acatada, acho que isso
pode ter futuros desdobramentos desagradáveis para o Nacional.
Agora, é pensar no jogo da próxima quarta
em Sumé. O Nacional, se quiser continuar vivo na competição tem que pensar em
ganhar lá dentro.
*Teófilo Júnior:
Escritor, poeta e cronista esportivo
Nacional de Pombal 1 x 1 Esporte de Patos
Reviewed by Clemildo Brunet
on
9/24/2018 05:37:00 AM
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