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As vozes das ruas não ecoam mais






Genival Torres Dantas* 

Há um barulho ensurdecedor com o estrugir das vozes silenciosas e tétricas dos movimentos de ruas emanadas das mentes poluídas da esquerda brasileira cujo discurso sandeu e extrapolou o direito da comunicação e da ética entre os povos. Nesse enfadonho alarido dos despautérios provocados pelos desconsolados membros de uma minoria insólita, depois de tantas sandices à época do desvairado protagonismo político da insensata coalizão demeritória ufanada pelos percevejos políticos que tanto mal fizeram ao nosso País.

Hoje, exatamente 14/06, enquanto escrevo esse texto as ruas apresentam o que antes era o estado efervescente dos manipulados sindicalistas, agora, transfigurados, desalentados e texturizados no comportamento dos que retornam, com caras mal inexitosas e bandeiras vermelhas descoloridas e amarrotas, da convocação daqueles que tentaram estulizar uma greve contra a Reforma da Previdência que foi lida e contestada, pela mesma esquerda, na tentativa de obstruir seu encaminhamento a discussão e posterior aprovação na Comissão Especial da Câmara e consequente aprovação do Plenário.

É de se louvar o patrocínio de alguns Deputados da Direita que tentam heroicamente demover a ideia mesquinha da Esquerda brasileira de tentar inviabilizar o Projeto da Nova Previdência, contando, inclusive, com o apoio da maioria dos Governadores dos Estados brasileiros verdadeiro proselitismo democrático, que tentam até introduzir no texto do projeto a extensão da reforma aos Estados e Municípios, fator determinante como redutor ou mesmo eliminação da corrosão causada nas contas públicas por conta do déficit que vem ocorrendo nos últimos anos.

Mesmo assim, o assunto continua indefinido, por essa incerteza esse item foi retirado do Texto, como outros itens que também sofreram supressão, para não representarem reprovação ao projeto na sua íntegra. Quando o assunto for levado ao Plenário ocorrerão tentativas de apresentarem emendas, quando as chances de êxitos serão maiores, pelo menos é o que permeia o pensamento político dos Congressistas e Governadores.

Enquanto alguns brasileiros lutam na tentativa de tirar o País da inércia econômica, alguns miseráveis de ideias e projetos, incognoscíveis, lutam pelo insucesso da Nação, com gestos irrefutáveis e condenáveis, tais quais paspalhos vicejantes. Na ponta do iceberg continua nosso Presidente Bolsonaro, com seu projeto calandra, a eliminar possibilidades e destruir condições favoráveis, postando na foto com a caducidade dos mórbidos, entre a imagem do combatido Ministro da Justiça Sergio Moro, pelos ataques sofridos e nem julgado foi, porém, condenado pela esquerda inescrupulosa, e as palmas surgidas da plateia que, aprovando as presenças ilustres das duas autoridades, lotavam um estádio de futebol em Brasília.

Como Presidente, no seu insólito comportamento, chama ao seu gabinete e demite o ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, nomeando, na sequência, para o cargo, o general de Exército Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira. Tudo não ocorreu nessa velocidade que estou descrevendo os atos, há toda uma história envolvendo essa situação que vem se arrastando por algum tempo, Santos Cruz como é conhecido, desafeto do escritor Olavo de Carvalho, orientador político de os Bolsonaro, por muitas vezes se insurgiu contra determinadas posições e palavras do Presidente, produzindo áreas de atritos, portanto, não foi um ato repentino, mas, uma demissão que vinha se construindo ao longo do tempo. Dentro desse período do Governo Bolsonaro, essa demissão já se constitui na terceira por iniciativa do próprio Presidente, elevando o turnover do seu ministério elevado e de difícil entendimento. Pois, sabemos que rompantes e instabilidades emocionais no líder gera desconforto em equipes, por consequência, desconfiança e problemas na solução de continuidade.

Não restam dúvidas que foi uma semana que se encerra com muitos reveses para o Planalto, com cassação de MPs, Medidas Provisórias, do Executivo pelo Legislativo e do Judiciário. Doravante se faz necessário que a ponderação e conciliação norteiem os posicionamentos da Presidência da República, tornando o relacionamento entre os Poderes mais sociável e produtivo, do ponto de vista político, o relacionamento entre poderes e ações horizontais ou mesmo verticais só é possível quando há consensualidade. Pensar antes de falar ou agir também é necessário.

Genival Torres Dantas
*Poeta e Escritor
genivaldantasrp@gmail.com
As vozes das ruas não ecoam mais As vozes das ruas não ecoam mais Reviewed by Clemildo Brunet on 6/15/2019 05:59:00 AM Rating: 5

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