Engole o Choro!
Genival Torres
Dantas*
Muitas foram as topadas que dei, em nenhuma delas soçobrei,
sabia que a disrupção do efeito da queda seria sentida e de difícil absorção.
Sou de uma época que na escola se aprendia pela tabuada e na cartilha era nos
ensinado as vogais e consoantes, era o começo de um longo aprendizado. Em casa,
ou lar, assim também era conhecida, a educação era implantada com vários
métodos, os mais comuns e usuais sempre terminava em imposição, o pai e a mãe
mandavam e não havia interveniência de quem quer que fossem, avós, tios ou
mesmo outros parentes.
Existiam sempre expressões, frases, termo, chavões, sempre
curto e determinante, a que eu mais lembro era: ENGOLE O CHORO! Principalmente
depois de levar corretivos, tipo chineladas, palmatoadas e de tantos outros
instrumentos de tortura, em plena metade do século XX, principalmente por
alguma arte feita e sempre pela mãe. Meu pai que mercadejava com secos e
molhados, tinha uma bodega, minha mãe professora primária e rural, depois do
lar, levava a sério o exercício da disciplina, não havia a necessidade da
participação do pai nesse momento.
Era outra época de cultura mais radical, antes do Estado
passar a se intrometer na educação dos filhos, primordialmente das classes mais
pobres e necessitadas. Quando isso ocorreu crianças e adolescentes ficaram mais
vulneráveis ao assédio da marginalidade, traficantes e aliciadores de menores,
dementando-os de forma trágica e cruel, sempre levados pela possibilidade de
levantar recursos no auxílio ao comercio e práticas ilegais, como se fora uma
adoção às avessas, servindo-os como vasos comunicadores, entre a população e o
crime, no extrato periférico, mormente nas médias e grandes cidades.
Esse prefácio foi para elucidar aquilo que foi feito como a
nossa educação e tem se constituído numa verdadeiras arapucas para as crianças,
jovens e adolescentes, desde o mais primário dos ensinos aos bancos
universitários. Despropósito aos bons costumes, decorrente da ideologia
implantada em salas de aulas, contextualizando verdadeira deformação no caráter
dos nossos estudantes, desde que a esquerda socialista e comunista se implantou
no País, formando uma simbiose do mal e indecência cultural.
Viramos uma Nação de velhos costumes com hábitos familiares
que precisavam de modernizações sem defenestrações morais, tratando o imprudente
sem solapar as bases ou pilastras de sustentação do que sempre foi o mais
sagrado na sociedade que é a família, tendo acuidade com o respeito e a
dignidade dos seus membros e laços afetivos.
Com a superação da esquerda pela direita e o surgimento de
uma nova onda religiosa, composta de fé e esperança esperamos que os novos
conceitos sejam pavimentados em todo País numa forma de compactarmos
sentimentos de harmonia e coerência entre todos nós, que o tripé, pais, filhos
e Deus seja restabelecido, definitivamente, sem desequilíbrios estruturais e
sem que os mais jovens tenham, assim como nós, de engolir muitos choros.
Genival Torres
Dantas
*Poeta e Escritor
genivaldantas.com.br
Engole o Choro!
Reviewed by Clemildo Brunet
on
7/20/2019 07:24:00 AM
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Um comentário
Geração engole o choro - é como podemos chamar as gerações que realmente tinham aprendizado familiar e obediência hj quem engole o choro são os pais... muito bom texto.
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