Pinto do Acordeom e suas histórias

Onaldo Queiroga*

Pinto do Acordeom o compositor, o cantor e um grande humorista. No palco, com sua voz, sua sanfona interage com a plateia contando seus causos e fazendo todo mundo sorrir.

Nos últimos anos a diabetes vem maltratando o cantador. Mas o que impressiona é o seu astral, já que continua com a alegria, enfrentando as dificuldades com a cabeça erguida e de bem com a vida, inclusive, criando causos engraçados com suas próprias até com suas adversidades. Esse é o Pinto do Acordeom.

Recentemente surgiu a notícia na cidade de Patos-PB que o Pinto do Acordeom havia falecido. Querido como é, a notícia se espalhou e causou tristeza e movimentação da população para receber o corpo para o velório que aconteceria na casa residencial de Pinto naquela cidade. Começou assim a juntar gente na frente da casa, como também ambulantes também foram para o local e começaram a instalar seus pequenos comércios, uns levaram milho cozinhado, outros pipocas, churrasquinhos, mucunzá, maçã do amor e por aí vai.

Virou uma festa nas imediações da casa Pinto, que por sua vez estava vivo e coincidentemente chegando em Patos-PB. Ao chegar na Morada do Sol foi direto para sua residência. Ao se aproximar percebeu a movimentação anormal na rua. Estacionou o seu carro e quando desceu foi abordado por uma senhora que vendia churrasquinho: Seu Pinto! O senhor está vivo? Pinto sem entender nada disse: Vivinho da silva. Então, ela replicou: Meu Deus! Mas seu Pinto, e agora? Todo mundo aqui estava pensando que senhor tinha morrido. Agora não tem velório e nós vamos ficar no prejuízo mesmo. Pinto riu muito e conta a história com alegria em todos os cantos que vai. Viva Pinto do Acordeom. Saúde, vida-longa e muito forró!