Militarizou geral
Genival Torres Dantas*
Quem
achava que seria diferente foi enganado na sua avaliação política, a origem já
demostrava sua tendência ao militarismo, primordialmente nos cargos chaves e
mais próximos ao seu gabinete de trabalho. Bolsonaro nunca foi de mimetizar
para conseguir seus objetivos, tem demonstrado que é direto e objetivo. No
início do seu governo se cercou dos seus apoiadores políticos, distribuiu
cargos aos que ele considerava mais fiei, dosando sempre numa proporção
equitativa entre civis e militares.
O
presidente Bolsonaro preteriu alguns aliados de primeira hora, o caso de maior
repercussão foi do ex-senador Magno Malta que deixara de trabalhar sua
candidatura para recondução ao cargo e trabalhou basicamente na eleição do
candidato Bolsonaro à presidência da República. Depois de eleito o presidente
se fez de indiferente ao aliado e amigo negando-lhe a possibilidade de um cargo
no governo que justificasse o esforço do candidato do agora ex-senador.
Muitas
escolhas foram feitas dentro dos seus considerados, algumas não corresponderam
e tiveram que ser abortadas logo no início do governo, outras foram sendo
apeadas na proporção que o tempo passava e a falta de tato do colaborador
escolhido e o cargo indicado era maior que a capacidade de administração do
nomeado, outros casos não havia decoro no cargo, ficava visceralmente destoante
a presença do ocupante e sua operacionalidade.
Aos
poucos o presidente foi fazendo suas escolhas pessoais em detrimento à escolha
política, o presidente tinha que pôr em prática sua compliance sem demulcir no
seu propósito de governo sem ser cambiante para não perder o apoio que recebera
dos seus apoiadores nas urnas e tornar seu discurso inexpressível e inoperante
administrativamente falando. Dessa forma, o primeiro ano de governo de
Bolsonaro não podia se caracterizar como “tradeoff”, mormente e principalmente
no plano econômico, por se tratar do carro chefe do plano governamental, aliado
ao projeto de segurança pública, pastas que foi o sustentáculo e pilares da salvação
de toda estrutura montada e que não podia falhar.
Nesse
momento o governo Bolsonaro lembra muito o primeiro período do governo Vargas,
1930/1934, quando o então presidente, aconselhado por Luís Simões Lopes, seu
chefe de gabinete, tenta embutir na cabeça do presidente a ideia de se montar
uma secretaria de propaganda sistemática e metodizada do governo, tal qual ele
vira na Alemanha, quando lá esteve e era uma das bandeiras do nazismo de
Hitler, com difusão em todos os meios de comunicação existentes, imprensa,
fotografia, rádio, cinema e organizações do partido.
Avançando
no tempo, outra lembrança que pode ser feito um paralelo de governo, 1961,
governo de Jânio da Silva Quadros, num verdadeiro paradoxismo, o governo
combatia o comunismo, ao mesmo tempo, entregava uma comenda ao maior comunista
e terrorista revolucionário marxista e guerrilheiro da América do Sul,
perseguidor e matador de gays e negros, o desqualificado então ministro da economia de Cuba, Ernesto
Guevara, ou simplesmente “Che” Guevara, de origem argentina. A história reza
que muitas atitudes do então presidente do Brasil eram sob influência do seu
vice-presidente João Belchior Marques Goulart, mais conhecido como João
Goulart, socialista mesquinho e desprezível.
A mais
recente descompostura governamental do Brasil foi sem dúvida a maior figura do
mal que já passou pela presidência da República, o mitomaníaco e megalomaníaco,
condenado por corrupção e outros delitos, com licença da palavra, Luiz Inácio
Lula da Silva.
Esperamos
que as novas mudanças e dança das cadeiras no corpo de ministérios sejam apenas
para que o presidente reforce a segurança na sua administração, dando-lhe mais
celeridade e desenvoltura nas atividades. A saída do ministro Onyx Lorenzoni da
Casa Civil e transferido para o ministério da Cidadania, vem ajudar o Onyx se
acertar no novo cargo e ao mesmo tempo substituir o Osmar Terra que estava
queimado em decorrência dos últimos acontecimentos na sua pasta. É bom deixar
claro que os dois ministros estavam na churrasqueira e em fogo alto, o Osmar
terra deve retornar ao Congresso Nacional, assumindo o posto de Deputado como
eleito foi na eleição anterior.
Para a
Casa Civil foi indicado o general Walter Braga Neto, atual chefe do
Estado-Maior, com relevantes serviços prestados ao País. O palácio do Planalto
agora tem um tripé militar e em companhia de outros militares que servem ao
governo, formando verdadeiro esquadrão, trabalhando pelo nosso povo, passando
pelo próprio presidente, o Vice-Presidente, porta voz da presidência da
República outros ministérios e secretarias farão, certamente, um novo governo
operativo e de orgulho dos brasileiros.
Com esse
novo quadro administrativo, esperamos que Bolsonaro se desvencilhe dessa
fábrica de boataria que vem tomando as ruas do Brasil, por conta da relação que
tentam imputar a milícia carioca aos Bolsonaros, o Brasileiro não tem mais
estômago para suportar tantos dissabores que já passamos com governos
anteriores aqui citados e enumerados com tamanhas incongruências e desrespeito
para com a nossa Democracia e dignidade do povo que merece coisa melhor que
canalhice na política.
Genival
Torres Dantas
*Poeta,
Escritor e Jornalista
Militarizou geral
Reviewed by Clemildo Brunet
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2/15/2020 07:07:00 AM
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