O BOTA É FOGO
Por Francisco Vieira*
A Estrela Solitária, símbolo oficial do Botafogo, nunca está isolada, pois sempre contou com o apoio de sua fiel torcida. A ela se une uma diretoria responsável, comissão técnica competente e, sobretudo, uma torcida que ama o clube em qualquer circunstância, que aplaude quando necessário e chora quando é preciso.
A irrepreensível campanha do time que culminou com a conquista do
Campeonato Carioca de 2013, é a prova viva e
a consagração de um trabalho eficaz
comandado pelo valoroso técnico Osvaldo de Oliveira. Na verdade foram três taças conquistadas de
uma só vez: Guanabara, Rio e Estadual. Fizemos cabelo, barba e bigode, vencendo
a tudo e a todos. Nem mesmo o “todo protegido” Flamengo, não foi capaz de impedir
o sucesso do FOGÃO, pois sequer chegou às finais decepcionando sua imensa
torcida com um time medíocre, apático e inofensivo. Nada, absolutamente nada,
conseguiu ofuscar o brilho de sua estrela reluzente que reflete uma história de
glória desde 1910, como bem decanta o seu hino
A conquista por antecipação
do 20º título de Campeão Carioca pelo Botafogo foi deveras incontestável.
Diversos fatores levaram o time a fazer uma campanha no mínimo brilhante, quase
irretocável. Num total de dezenove jogos somou quinze vitórias, três empates e
apenas uma derrota. Totalizou 46 gols marcados contra 10 sofridos em toda
competição o que lhe garantiu a posição de melhor ataque e melhor defesa,
graças a Bolívar e Dória, dupla de zagueiros vazada apenas uma vez no 2º turno.
A boa trajetória do Botafogo
de Futebol e Regatas deve-se também a diversos fatores que muito bem justificam
os números. Se não bastasse a liderança de Bolívar assumindo o papel de xerife,
causando forte polêmica em um vídeo quando usou fortes palavras mal
interpretadas logo depois do jogo contra o Fluminense, merece também destaque o
show da dupla Seedorf e Lodeiro, sem a qual nada seria possível. Graças ao
talento e entrosamento os gringos marcaram quinze gols e fizeram jogadas geniais.
Aí, lembramos com graça o desconcertante drible do Holandês no jogo contra Nova
Iguaçu em Moça Bonita, jogada imortalizada por Garrincha, maior ídolo do clube.
Após uma única derrota no
campeonato para o “protegido” Flamengo, seguido de empate com Boa Vista,
resultado que lhe custou à perda da liderança do grupo A e alvo de vaias da
torcida que insatisfeita pedia a demissão do técnico Osvaldo de Oliveira e a
cabeça de Rafael Marques. A reação veio logo de imediato com a vitória sobre o
mesmo Flamengo, tirando do rival qualquer possibilidade de título. A Taça
Guanabara conquistada com um gol suado aos 35 minutos do 2º tempo deu ao time a
tranquilidade e a confiança que precisava. Ainda mais, foi oportuno para Rafael
Marques se redimir e conquistar a posição de titular marcando seu primeiro gol
depois de vinte jogos, passando de vaiado para aplaudido, de vilão para herói.
Os comandados de Osvaldo de
Oliveira, capitaneados por Jeferson e orientados pelos gringos Seedorf e
Lodeiro como: Bruno Mendes, Rafael Marques, Dória, Renan, Júlio César, Marcelo
Matos, Felipe Gabriel, Gabriel, Andrezinho, Lucas, Renato, Cidinho, Sassá,
Vitinho – xodó da torcida – e outros formaram um elenco onde prevaleceu a união
e o espírito esportista.
Enfim, com 100% de aproveitamento
na Taça Rio, vencendo inclusive em partidas decisivas os três maiores concorrentes
Flamengo, Vasco e Fluminense, o Botafogo venceu os dois turnos sem a necessidade
de final. Aos braços dos jogadores e ovacionado pela torcida com os gritos de É
CAMPEÃO, Osvaldo de Oliveira tem seu trabalho reconhecido.
Evidentemente a vitória do clube de General Severiano
mostra que o BOTA É FOGO.
Pombal, 10 de maio de 2013
Francisco Vieira |
*Educador,
ex-diretor da Escola Estadual “João da Mata” ex-secretário de administração de
Pombal.
O BOTA É FOGO
Reviewed by Clemildo Brunet
on
5/11/2013 11:53:00 AM
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