Ressonância política de uma democracia inconsistente
Genival
Torres Dantas*
A compressão da morbidade,
final dos anos 1980, nos dava conta do envelhecimento da raça humana, apenas se
esqueceram de nos relatar que envelhecer não é morrer e para não morrer devemos
nos manter ativos e plenos em nossas capacidades não só locomotivas, mas de
pensamentos lúcidos e coragem absolutamente pertinente aos nossos desejos
plácidos. Diante do fato percebi que perculso nunca foi percalço e jamais medida
de percurso entre a insanidade e sandice, baseado nessa lógica procurei me ater
a fatos recalcitrados nos últimos dias da nossa República, diabolicamente
ofendida.
Que vergonha, temos a nossa
autoridade maior, em exercício, queiram ou não as autoridades dos demais
Poderes constituídos, aqui manda quem tem a chave do cofre, é lá que estão os
recursos para pagamento da ração dos dependentes do Estado. Estou me referindo
ao Presidente da República, esse não larga a roupa da festa de posse, continua
querendo informar que só ele manda e desmanda, numa louca dissociação de fatos
e direitos.
Não satisfeito, nossa gnose
política constitui uma pessoa física, no seu eu, para sua própria admiração e
vaidade, se equivale ao cabedal da enciclopédia virtual e real, comparada a um
posto de combustível, referendado a uma rede de distribuição petrolífera,
pessoa jurídica, denominado de Posto Ipiranga, e aqui vai os meus parabéns ao
marqueteiro que fez campanha tão brilhante. A ideia é boa, lá você tem todas as
informações e produtos procurados, um verdadeiro bazar a suprir as necessidades
carentes.
Não só de truculência se
constrói um governo, portanto, em raros momentos de clarividência, no meio das
contrações cerebrais, o Governo sai do seu achismo e retrocesso numa negociação
com o Governo Paraguaio, evitando que o sua oposição mantenha o desejo de
impetrar o impeachment de sua excelência o Presidente do Paraguai Mario Abdo
Benitez, verdadeira posição de arrojo político, desarticulando qualquer
iniciativa da oposição sistemática da esquerda daquele País.
Não só isso arquiteta a
demissão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Cientista Ricardo
Galvão, era uma situação insustentável sua presença dentro do atual Governo,
onde ele não se sentia bem e deixava o ambiente bastante desconfortável pela
sua insubordinação hierárquica, independente das qualidades profissionais do
cientista, nesse caso, é passivo de demissão sumária. Muito alerde por parte da
comunidade científica, entretanto o País precisa superar suas dificuldades e
ele precisa de acuidades, nunca de inconsonância.
Segue o Presidente Bolsonaro
tentando cumprir suas promessas de campanha quando ofereceu “mundos e fundos”,
sem configurar retrocesso da política obtuso do dando que se recebe, não
obstante, tenha recaído no mesmíssimo quando recorreu às liberações de verbas
legais juridicamente, porém nada legal do ponto de vista moral.
Enquanto isso, os
componentes do Judiciário e Legislativo se contorcem em suas poltronas a
embasbacar com tamanhas ilicitudes, conforme seus pensamentos doutos.
Conquanto, na outra ponta, o povo, suas mentes e queixumes desvairados, gritam
roucas e ruidosamente pelas ruas, becos e praças, cada qual no seu quadrado:
Lula livre; trucida ele Bolsonaro, somo se assim fosse. Esse é o País de tanta
gente de pensamento equivocado e tantas almas penadas!
Genival
Torres Dantas
*Poeta
e escritor
Ressonância política de uma democracia inconsistente
Reviewed by Clemildo Brunet
on
8/06/2019 06:35:00 AM
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