Meio ambiente não é o arquétipo de Ricardo Salles
Definitivamente, o
Ministério do Meio Ambiente nunca será considerado uma ortoépia, em se tratando
de Ricardo Salles. O planeta tem buscado todos os recursos possíveis em defesa
dos nossos recursos naturais e o meio ambiente tão devastado pela insensatez humana,
tornou-se até um fascínio, até deslumbrante, não só para as empresas do
capitalismo moderno, como também os seus CEOs, em busca da harmonia, eficiência
e eficácia dos seus projetos atuais e ampliações projetadas para os próximos
anos e que estejam voltados, doravante, para o equilíbrio da natureza e a
exploração realizada pelo homem.
O ministro do meio ambiente
brasileiro não deve e nem pode pegar o rumo ao contrário dos acordos
internacionais e até mesmo nacionais, nessa cruzada meritória realizada pelas
economias mundiais, todas elas reforçando a ideia de se corrigir erros passados
pelos explorados dos continentes quando nas conquistas passadas dos Continentes
arrasados pela ignorância humana, seria pelo menos razoável que seguíssemos
essa corrente para frente, mesmo porque somos os maiores produtos do mundo em
alimentos, antes éramos o celeiro do mundo, hoje devemos nos orgulhar dessa
posição.
A indústria verde é um fato
que só se estende e se realiza, realizando ao mesmo tempo o sonho de muitos jovens,
conhecidos como geração Z, abarcando o mundo dos negócios, finanças e
investimentos, comprando a briga do agro negócio. Por sermos um país
continental com 60% de nosso território constituído de matas nativas e 70% da
energia aqui produzida é de fontes renováveis, contra 23% do resto do mundo,
sabendo ainda que podendo dobrar nossa produção agrícola sem a necessidade de
derrubarmos nem mais uma árvore, é chegado o momento de criarmos juízos.
Não devemos seguir o trem
dos desavisados, vamos seguir a lógica da vida, ela muito tem nos ensinado,
principalmente nas horas mais difíceis. Façamos uma reflexão sobre o grupo de
Davos e não esquecermos que a sustentabilidade, realmente, é o novo conceito e
o norte dos negócios. Mais ainda, o Acordo de Paris, vamos fugir da raia? Temos
hoje um Conselho Nacional da Amazônia, escorado e ancorado na competente
administração do nosso vice-presidente da República, dando-nos a certeza que
nos trará grandes alegrias, não só por ser constituído pelo Governo Federal e
alguns Estados da Federação, mas, também reforçado por empresas dos setores do
agro e ONGs voltadas ao meio.
Além de alimentos,
fornecemos ao mundo e para consumo próprio, de insumos minerais, como
commodities, além das proteínas animais, óleos e gás e tantas outras
possibilidades de recursos naturais sem comprometer nosso sistema, basta que
sejamos sérios na nossa administração, sem recorrermos à mesmice de sempre,
dando oportunidade para os que apenas se aproveitam dos nossos recursos sem
cuidar do meio ambiente. Não precisamos que cuidem do que é nosso, ao mesmo
tempo, temos que ter responsabilidades com o que temos para não perdermos a
primazia da exploração daquilo que a natureza nos proporcionou.
Voltando ao nosso ministro
do meio ambiente e sua inexperiência na administração na relação com a
convivência horizontal como vertical, se faz necessário pelo menos o controle
emocional na hora de tomada de decisões, anunciar que ia recolher a tropa que estava
fazendo o trabalho de combate ao desmatamento e fogo nas matas, por conta de
anuncia da suspensão de verbas, foi no mínimo precipitado, tendo que o General
Hamilton Mourão, presidente do Conselho Nacional da Amazônia, intermediar a
situação colocando um ponto final numa quase crise provocada por inabilidade do
nosso ministro e outras peças dentro do contexto administrativo.
Genival
Dantas
*Poeta, Escritor e Jornalista
genivaldantasrp@gmail.com
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