O ANO NOVO JÁ NASCE VELHO...
“Senhor; tu tens sido o
nosso refúgio, de geração em geração” Sl 90:1
Clemildo Brunet |
Clemildo Brunet*
A gente sempre acha e
encontra motivos para dizer que as coisas do passado eram melhores. É claro, já
passamos por elas! Na verdade há uma mudança no comportamento das pessoas nos
dias hodiernos. Nem de longe se podem fazer comparativos entre a juventude de
hoje com as de cinco décadas atrás, há uma enorme diferença - nos costumes,
moda, preferência musical e atitudes.
Quantas vezes vêm a minha
mente a pergunta. Vivo em outro mundo ou ainda é o mesmo? A resposta que tenho
é que o mundo está diferente no modo como vivi, ouvi e aprendi. Tudo isso nos
mostra que o tempo voa, até mesmo nas mudanças dos seres humanos de ontem e de
hoje. O nosso planeta está mergulhado tanto em ações benéficas como maléficas,
(mais maléficas).
“Geração vai e geração vem;
mas a terra permanece para sempre”. Eclesiastes 1:4.
Neste tempo em que acontece
mais uma passagem de ano, é hora de atender o convite do escritor aos Hebreus: ”Acheguemo-nos,
portanto, confiadamente, junto ao trono da graça a fim de recebermos
misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” Hb. 4:16.
Costumamos dizer que não
somos escravos de ninguém; porém, somos escravos do tempo. No passado e no
presente o homem sempre foi um escravo do tempo. Seu relógio pode parar- o tempo não! Nós dormimos - o tempo não! O ano que vamos receber
lhe chamam de novo, no entanto na contagem do tempo dentro em breve será velho
para abrir espaço para o novo e assim sucessivamente; vai-se uma geração e vem
outra.
Quando criança a nossa vida
era um paraíso porque não tínhamos a preocupação de ver o tempo passar e isso
era muito bom. Havia quem cuidasse de nós. Nossos pais davam tudo para nos
proporcionar uma boa educação para que no futuro pudéssemos garantir o nosso
sustento e daqueles que viriam depois.
Ainda criança, alguém olhava
e dizia: Como é novo, fofinho, uma beleza e por aí vai. De fato, a criança
recebe tratamento assim. É o vigor da vida, o resplandecer do dia, a claridade
do sol com toda intensidade. Assim somos nós quando criança. Não contamos os
anos.
Outra época que não vemos o
tempo passar é a juventude. A primavera da vida. Os sonhos de adolescente, o
despertar do amor, troca de olhares em busca da garota ou do rapaz por quem se
suspira; o namoro, só no pensamento fazia o apaixonado dizer: Estou namorando
fulano(a), porém, era apenas flerte (paquera), movido pelo o sentimento da
paixão do coração juvenil.
Quando atingimos a fase
adulta aí sim damos conta dos anos e do tempo que passa rapidamente. É hora de
reflexão. Sempre nos vêm à memória a cada noite de Natal e Ano novo as doces
lembranças de nossos pais, entes queridos e amigos que já não estão mais aqui.
Neste momento da passagem de
mais um ano, a nossa consciência nos desperta para refletirmos o que acontece
no mundo e ao nosso derredor. Violência em todos os lugares do planeta,
desentendimento entre pais e filhos e vice versa, falta de amor próprio e ao
próximo. E assim segue...
Uns querendo viver e lutando
pela saúde, enquanto outros vendo seus sonhos destruídos e querendo encontrar
motivos de tirar a própria vida. Uns trabalhando por uma justa causa e honestamente
e outros só maquinando o mal no intuito de acabar com quem só faz o bem.
“Há alguma coisa de que se
possa dizer: Vê, isto é o novo? Não! Já foi nos séculos que foram antes de
nós”. Eclesiastes 1:10.
Pombal, 27 de dezembro de
2013
*Radialista,
Blogueiro, Colunista
Twiters: @clemildobrunet e @brunetcomunica
O ANO NOVO JÁ NASCE VELHO...
Reviewed by Clemildo Brunet
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12/27/2012 11:17:00 PM
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