O PODER BATE À NOSSA PORTA
Teófilo Júnior |
Teófilo
Júnior*
O domínio do fogo por antigas espécies
de hominídeos foi uma descoberta decisiva para a construção da evolução humana.
O bando (aldeia) que produzia e dominava aquele assustador elemento detinha um
enorme poder sobre os outros bandos. O fogo era um patrimônio, e representava o
poder!
Muito mais tarde, houve uma época em que
se mensurava o poder e a riqueza de um homem pela extensão de suas terras ou
pelo número de seus escravos.
De certo modo, ao longo da história da
sociedade humana, poder e patrimônio refletiam e quantificavam influências.
Hodiernamente, com as implementadas
transformações sociais, tecnológicas e a velocidade das comunicações, já é
perceptível substanciais alterações nessa "balança" de mensurar
dominação e poderio.
Na sociedade desse início de século, o
"prestígio" vem, paulatinamente, se distanciando da dualidade
poder/patrimônio. O que pulula aos nossos olhos é que essa ascendente
supremacia se volta à capacidade de captação do conhecimento e informação de
cada um de nós.
Apenas para exemplificar o que
defendemos aqui, parece-nos suficiente aduzir a ferocidade e a velocidade como
as informações e o conhecimento, ferramentas de poder, acontece nos dias
atuais. Indiscutivelmente, é imperioso concluir que uma criança de sete anos de
idade detém um número de conhecimento infinitamente superior ao que o Imperador
Romano acumulava no auge de Roma.
Hoje, o poder bate à porta do
conhecimento, esse impagável fogo de nossa aldeia.
*Pombalense,
escritor, cronista e poeta
O PODER BATE À NOSSA PORTA
Reviewed by Clemildo Brunet
on
11/16/2018 06:38:00 AM
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