ANTES DA DUREZA DA LEI HÁ A ASPEREZA DAS PALAVRAS DITAS
Genival Torres Dantas*
O
professor, escritor, advogado, parecerista, emérito defensor da Democracia sem
corrupção, escreveu artigo, 09/12, Jornal O Estado de São Paulo, intitulado
“Dia Internacional de Combate à Corrupção”, quando fez uma análise da situação
atual e mundial da corrupção, principalmente na política e por consequência os
governos corruptos.
O mestre
fez avaliação e aconselhamento no combate desse crime praticado pelos
peculatários e suas relapsias, quando no exercício de mandatos ou não,
implicando numa das maiores tragédias da humanidade envolvendo todo tipo de
governo e sistemas, acarretando a ampliação e manutenção da pobreza no nosso
planeta terra e há muito tempo.
Uma das
principais indicações ao combate a esse crime fica por conta da proibição da
reeleição para qualquer cargo eletivo, ainda a indicação de qualquer político
eleito a qualquer cargo dentro do governo e na vigência do mandato. Outra
lembrança do professor foi para o STF, os senhores ministros devem ter nomeação
pela regra do decanato por um mandato fixo de oito anos, por conveniência do
cargo e não política.
Ele não
se esqueceu de nem mesmo na formula de eleição, que seria uma mudança
estruturante e estrutural, com a implantação do voto distrital puro, ficando,
dessa forma, com o eleitor o controle do seu eleito.
Para uma
equivalência e isonomia de direitos entre os funcionários públicos e do setor
privado, a sugestão é de extinção da estabilidade ampla, geral e irrestrita
para os 13 milhões de funcionários públicos, foi lembrado à implantação da
robotização, contando com as novas tecnologias nos novos controles
administrativos com abrangência aos setores da administração pública a um só
tempo. Esse é um setor de difícil solução pela sua complexidade e controle dos
sindicatos.
Ademais,
a nossa corrupção é sistêmica e estrutural, característica adquirida com o
modelo institucional e podendo ser vista na carta de 1988. Ainda sobre
eleições, ele sugere as candidaturas independentes, dissolvendo, dessa forma, o
que ele considera a partidocracia instituída na mesma Constituição de 1988.
Outro
aspecto importante seria a eliminação dos Fundos Partidário e eleitoral como
medidas de moralização pública, passando esse custo aos partidos políticos e
esses, como consequência, busquem recursos na sociedade civil, pois é essa
mesma sociedade que a classe política deve obediência.
Outro
aspecto importante da administração do Estado é que se entenda que o direito
adquirido não pode prevalecer sobre o interesse público, o Banco Mundial, no
relatório de 2017 apontou esse direito como o maior responsável pelos absurdos
privilégios dos agentes políticos e administrativos no Brasil.
Todas
essas recomendações são factíveis, não sei sua implicação constitucional,
reconheço que seria um grande avanço, se realmente ocorressem para os três
Poderes constituídos e o advento de um novo tempo na atual administração
pública, em estado de penúria tanto pelo envelhecimento, em renovação, e pela
busca de novos talentos, temos visto que os nomes e sobrenomes são os mesmos
por décadas e é preciso oxigenar os Poderes no Brasil.
Genival Torres Dantas
Genival Torres Dantas |
*Poeta, Escritor e Jornalista
ANTES DA DUREZA DA LEI HÁ A ASPEREZA DAS PALAVRAS DITAS
Reviewed by Clemildo Brunet
on
12/12/2019 06:23:00 AM
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